Eclesiastes
4: 11 “ Se dois dormirem juntos, vão se manter aquecidos. Como,
porém, manter-se aquecido sozinho? ...”
Existem
dois tipos de solidão que podem atingir uma pessoa dentro de um
relacionamento conjugal:
SOLIDÃO
EMOCIONAL
Esta
acontece quando um cônjuge se sente distante do outro. A tendência
das pessoas que vivem uma solidão emocional é murmurar, e se
retrair cada vez mais, porém, o melhor é ser proativo, é tomar
atitudes que provoquem essa proximidade, é colocar um sorriso no
rosto, fazer um esforço inicial, buscar uma conversa, falar
amenidades, diminuir as críticas e ser uma boa companhia para o
outro.
Desligue
um pouco a TV, a internet, e os cuidados com outras coisas e se
guarde para um momento com o cônjuge. Se não tem muito assunto,
fiquem quieto um no braço do outro, que, às vezes, pode ser mais
gratificante que o muito falar.
Creio
que se algo não vai bem, para continuar assim é só permanecer
fazendo tudo igual, do mesmo jeito, mas se queremos mudança, então
precisamos aprender a fazer diferente. Já pensou, por exemplo em
aprender a fazer uma boa massagem, comprar uns produtos para esse
fim, quem sabe um livro que trata do assunto? Não sei o que tanto
você pode fazer, mas sei que a solidão emocional, muitas vezes é
provocada por nós mesmos quando fechamos a cara e passamos a
reclamar do outro.
SOLIDÃO
SOCIAL
Quando
eles não fazem coisas juntas, não partilham, não passeiam, não
têm atividades comuns, vivem um tanto quanto isolados. E
a solidão social? Esta se cura fazendo coisas juntos, é sendo
participante de uma comunidade, de um grupo social, de uma igreja, é
fazendo a diferença na vida de alguém, é tendo utilidade para as
demais pessoas. Vejo pessoas que vivem um mundinho extremamente
limitado, não visitam e não são visitados, não ajudam ninguém e
não são ajudados, a casa deles está sempre muito bem arrumada, um
“brinco” , mas vazia, vazia de gente, de vida, vazia de
relacionamento. Eles não não tem amigos porque não são amigos.
Nunca convidam ninguém para um café ou um jantar, e assim, vão se
enclausurando, vivendo em seus casulos de solidão.
Em
nossa casa, nossos filhos têm a liberdade de trazerem seus amigos
para comer conosco, e quando eles são muitos, minha esposa Cleire,
faz alguma coisa simples e mais barata, como uma grande panela
de arroz com frango, ou uma polenta com carne moída, e eles adoram,
sabe por quê? Porque na verdade, ninguém está ali para
comer, mas sim, para suprir suas necessidades de relacionamento, é
ter um lugar onde se pode falar e ser ouvido, sem muita máscara, é
ser aceito e bem vindo.
Eu
me lembro quando da morte de nosso pai, fomos morar em uma casa que
antes servia como tulha (depósito de cereais) no sítio de nosso
avô, uma miséria incrível, falta quase tudo. E ali não havia piso
de cimento, era chão batido, mas as pessoas gostavam de estar ali
conosco, eles se sentavam e os pés da cadeira fincavam no chão, e
todos riam da situação, mas eles vinham todas as noites, para tão
somente ficarmos juntos nos aquentando emocionalmente.
Sabe
queridos, os cavaleiros medievais se protegiam contra o adversário
cobrindo seu corpo com armaduras metálicas e ficavam como um robô,
com dificuldades até para andar. É certo que assim eles estavam
mais protegidos, só que quando caiam havia uma enorme dificuldade
para se levantarem, sendo necessário que alguém estendesse a mão .
Assim estão vivendo algumas pessoas nos dias de hoje, se protegem
tanto com suas armaduras psicológicas e não encontram quem as
levante.
Amar,
relacionar-se é correr risco, mas vale a pena, ame mesmo assim,
envolva-se com uma causa honesta, que cuida de gente, que trate das
coisas de interesse de Deus. É isso, viva para servir, pois se
“alguém serve para servir, então, serve, mas quem não serve para
servir, então, não serve. (Pr. Ismael R.Carvalho)",
é assim que se cura uma solidão social.
Pr.
Ismael
FONTE:
http://casadosemcristo.blogspot.com.br/2012/03/solidao-no-casamento.html?utm_source=BP_recent
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