“Depois de tudo o que Ezequias havia feito com tanta fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, e invadiu Judá. Acampou-se contra as cidades fortes com a intenção de se apoderar delas” (II Cronicas 32:1).
Como pode? Ezequias foi fiel a Deus, renovou a aliança, guardou a Palavra e mesmo assim foi atacado. A passagem de II Reis 18:7 complementa o texto de II Crônicas e nos informa que foi justamente por isso que o ataque surgiu, por causa da fidelidade de Ezequias para com Deus. Depois da reforma espiritual no reino, era preciso restaurar a economia da nação. Desde a época de Acaz, pai de Ezequias, que o reino tinha que pagar tributo anualmente aos assírios. Eram tributos pesados que oneravam e muito a economia do reino. Ezequias, então, deixou de pagar o tributo. Ao fazer isso, com certeza Ezequias já sabia que viria uma retaliação. Depois de anos o inimigo não abriria mão tão fácil do reino vassalo. Ezequias sabia bem do que os assírios eram capazes de fazer. Antes de assumir o Reino de Judá (715 a.C.), Ezequias viu seu vizinho Reino de Israel ser destruído pelos assírios em 722 a.C. Esta invasão foi tão violenta, que as 10 tribos que formavam o Reino de Israel desapareceram da história. Era contra este povo que Ezequias ousou lutar.
Assim acontece conosco. Ao longo da caminhada cristã infelizmente às vezes deixamos brechas em nossa vida, áreas (pontos frágeis) em que o diabo encontra boa oportunidade para agir. São pensamentos indevidos, palavras erradas, atitudes incorretas. Existem pessoas que até se acostumam com as brechas. Quando tomamos a atitude de renovar a aliança com Deus e decidimos tampar as brechas, o inimigo não fica feliz. Surgem os ataques e as circunstâncias adversas. O inimigo se enfurece porque está perdendo uma área em que ele dominava.
Vejamos a atitude de Ezequias. Ele continuou firme, confiou no Senhor e se preparou para a luta. Ele construiu um canal desde a fonte de Giom até dentro dos muros de Jerusalém (II Cronicas 32:3). A fonte fica fora da cidade (leste de Jerusalém) e o túnel cavado em rocha calcária tem 533 metros. E, já que a fonte estava fora da cidade, ele a ocultou por duas razões: (1) Quando o inimigo chegasse e cercasse a cidade ele não teria abastecimento de água, mas Ezequias e o povo de Jerusalém teriam em abundância; (2) O inimigo poderia envenená-la.
Amados irmãos em Cristo, tampemos as brechas! Não deixemos que o inimigo envenene a fonte de águas vivas que existe em nosso interior (João 7:38). As adversidades virão justamente porque buscamos a Deus. A fúria do inimigo é porque ele sabe que já é derrotado (Apocalipse 12:11). Por isso, se neste início de ano você já está desanimado e quase parando, atenção! Não desanime, continue a caminhada e não cruze os braços. É o próprio Deus quem vela pela Sua Palavra para que ela se cumpra (Jeremias 1:12). Não se acomode com as derrotas, pois Deus o ajudará. Afinal, “desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de Ti, que trabalhe para aqueles que Nele esperam” (Isaías 64:4).
Fique na Paz.
Andrea Cherfan
Trabalhou como arqueóloga contratada para o Museu Nacional/URFJ. Leciona as disciplinas de Arqueologia Bíblica, Geografia Bíblica, História de Israel I e II, Vida Cristã I e II e Crescimento Espiritual em Seminários: STM (Seminário Teológico Maranata), STEP(Seminário Teológico Evangélico Peniel) e STEBAN (Seminário Teológico Batista Nacional).
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