Se
você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro
e ajuda para os judeus e eles serão salvos… (Ester 4.14).
No meio do ano de 2001, de férias em Natal, vi uma apresentação do grupo de dança de minha igreja que marcou-me profundamente. Ainda hoje me emociono ao ouvir a canção que dançaram naquela noite – “Elevo meus olhos”, na voz de Ana Paula Valadão e Paul Wilbur. A música tocou-me pelo ritmo e melodia, mas principalmente pelo impacto que aquela letra – bíblica – provocou naquele momento específico de minha vida.
O
texto do salmo era tudo o que eu precisava ouvir. Geralmente é assim
mesmo: quando a gente menos espera, Deus traz a nós uma palavra
apropriada que volta a nos dar a força e a esperança. Naquela
noite, a conjunção de letra, melodia, ritmo e dança marcou a minha
vida. Renovou a esperança de sair de uma situação intimamente
difícil. E havia razão para isso: “do Céu me viria o socorro!”
É
assim que muitas vezes as circunstâncias da vida nos deixam: a
espera do socorro. Por isso, tantas vezes nos identificamos com
personagens como Daniel e seus amigos. Jogados às feras para sermos
devorados ou lançados em uma fornalha ardente, esperamos o milagre
em nosso socorro. Aguardamos ansiosamente a intervenção do Céu
para nos livrar. Sofremos, ansiamos, esperamos com fé. E sabemos que
do Céu nos virá o socorro.
Às
vezes, no entanto, nos vemos na situação de Mordecai. E essa é uma
situação difícil porque nos fere. Estamos ameaçados. Porém,
somos cientes que existem pessoas em posição de nos ajudar, de nos
socorrer, de transformar as coisas. No entanto, tais pessoas escolhem
não se envolver – por medo ou opção – deixam-nos sós com
nossos problemas. E eu sei o quão duro é levar esse peso – o da
dificuldade – somado à indiferença de quem pode nos ajudar.
Se
você ficar calada numa situação como esta, do Céu virão socorro
e ajuda para os judeus e eles serão salvos… Mordecai demonstrou
uma fé que acho difícil de encontrar em mim mesmo, mas que é a
mensagem de Deus para mim e para você. Se aquela pessoa que está em
posição de socorrer – como a rainha Ester – não quiser se
envolver, Deus proverá uma outra saída, um outro caminho, um
socorro vindo de outra parte. Mas é preciso ter fé e esperar: ainda
que quem possa nos ajudar não queira, Deus no Céu ouve o nosso
clamor e desce para nos livrar.
Isso,
para mim, é esperar contra a esperança. Quando não mais parece
haver ajuda ou saída, ainda podemos esperar a ajuda do céu. Ainda
que venha no último instante. Ainda que surja como um anjo andando
conosco no meio da fornalha. Ainda que seja um anjo que fecha a boca
do leão faminto diante de nós. Deus não nos desamparará, mesmo
que o homem desampare. Do céu virá o socorro.
Daniel
Dantas
Igreja Batista Viva – Natal (RN)
e-mail: danieldantas79@uol.com.br
Igreja Batista Viva – Natal (RN)
e-mail: danieldantas79@uol.com.br
FONTE:
http://cavernadeadulao.blogspot.com
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