Por
que o mal existe? Por que inocentes sofrem? Se Deus é bom, por que
permite tantas abominações? A questão do mal é um dos maiores
temas da humanidade. Ao longo da história muitos pensadores se
debruçaram sobre esta questão. Toda pessoa com sensibilidade já se
questionou sobre este problema.
Algumas
doutrinas buscam explicar o mal através de perspectivas
reencarnacionistas onde o mal colhido hoje é consequência do mal
plantado em outra vida. Sem querer entrar no debate sobre doutrinas,
a verdade é que durante o tempo em que busquei respostas nesta via
religiosa, não consegui explicação sobre como surgiu o mal
primordial e como este ciclo de mal se estabeleceu de maneira tão
concreta e abrangente, que afeta a todos, independente do caráter,
da fé ou do status sociais.
No
entanto, foi na Palavra de Deus que encontrei explicação precisa
sobre as causas do mal, sobre porque afeta inocentes e sobre os
planos de Deus para que não mais venhamos a sofrer. Vamos viajar
juntos na Palavra?
No
livro de Gênesis, aprendemos que Deus criou o mundo e logo após
criou o homem à sua imagem e semelhança e o abençoou: “Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a” (Gn
1:28).
Deus
concedeu ao homem a prerrogativa de sujeitar, ou numa tradução mais
livre, governar a Terra. A partir daquele momento o homem recebeu
autoridade espiritual sobre toda a criação, autoridade esta que
dada pelo próprio Deus.
A
Bíblia ensina que os dons e vocações de Deus são irrevogáveis
(Rm 11:29) e também que Deus é fiel, mesmo que sejamos infiéis (2
Tm 2:12). Este aspecto da natureza de Deus é que nos garante que
suas promessas vão se cumprir e garante a salvação pela graça
independente das obras de justiça. Se não fosse a fidelidade de
Deus à suas promessas não haveria nenhuma esperança para nós. O
Senhor não muda por isso nós não somos consumidos.
Assim, quando o Senhor deu ao homem autoridade espiritual sobre toda a criação o fez uma vez por todas, pois seus dons são sempre irrevogáveis e manteve-se fiel ao Seu decreto, pois não pode negar a si mesmo.
Deus
é amor, ou seja, para Ele o amor não é opção é essência. Mas
não existe amor verdadeiro se não existe liberdade. Liberdade até
mesmo para negar este amor. Ao criar o homem à sua imagem e
semelhança e dar-lhe autoridade espiritual sobre toda criação,
Deus também lhe deu a liberdade de agir conforme seus próprios
desígnios, pois se não fosse assim não seria amor, seria
escravidão, talvez em gaiola de ouro, mas ainda assim escravidão. E
se o amor de Deus nos escravizasse a só fazer a sua vontade Ele
estaria negando a si mesmo.
Usando
desta liberdade o homem resolveu seguir seu caminho longe de Deus. É
o que chamamos de queda. A partir daí nada mais seria como antes.
O
homem caiu. E consigo arrastou toda a criação que caiu junto com o
homem. Veja um exemplo: No mundo projetado por Deus a única fonte de
alimento eram os vegetais, tanto para homens quanto para animais. Não
havia seres carnívoros como hoje, mesmo as grandes feras
alimentavam-se de capim (Gênesis 1:29-30). Não se matava, nem mesmo
para comer. Mas depois da queda leões desenvolveram presas e garras,
tubarões se tornaram máquinas de matar, terremotos e maremotos
passaram a se tornar realidade quase cotidiana.
Tudo
o que estava debaixo da autoridade espiritual do homem caiu junto com
ele. A deformidade moral do homem se reproduziu sobre todos aqueles
que estavam sujeitos a ele. É por isso que mesmo entre os animais,
estupros, assassinatos, violência contra o mais fraco, genocídios,
abusos sexuais acontecem com a mesma freqüência que nas sociedades
humanas. “Maldita é a Terra por tua causa”
(Gn 3:17).
Paulo
escreve aos romanos que toda a criação está sujeita à
perversidade, não por vontade própria, mas por causa daquele que a
sujeitou. A própria criação também aguarda a redenção e
geme e suporta angustias até hoje. Ou seja, toda a criação sofre
por causa daquele que tem autoridade espiritual sobre ela (Rm
8:19-22).
O
projeto de redenção em Cristo Jesus não é esperança apenas para
a humanidade, mas é anseio de toda a criação que se perverteu
juntamente conosco por conta das deformidades que tomaram conta de
nossas almas quando nos afastamos Dele.
Os
dons e vocações de Deus são irrevogáveis. Não havia como
destituir o homem da autoridade que Ele mesmo outorgou a não ser que
o próprio Deus se tornasse homem. Este é um dos motivos pelo
qual Jesus, o Verbo, se fez carne, se fez homem: para ser o novo
Adão, Espírito vivificante que redimirá o homem e toda a criação
junto com ele.
Cada
ser vivo deste mundo anseia pelo dia da volta do Nosso Senhor, quando
poderão retornar à casa do Pai e à sua verdadeira vocação.
Esperam ardentemente pelo dia em que “lobo e
cordeiro pastarão juntos e o leão comerá forragem como o boi”
(Is 65:25)
Somos
nós os responsáveis pelo mal no mundo. De
que se queixa o homem? Queixemo-nos dos nossos próprios pecados.
Pr.
Denilson Torres
Ministério
Fruto do Espírito
FONTE:
www.frutodoespirito.com.br
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