Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ ". E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele lhes fará justiça, e depressa (Lucas 18:1-8).
Os dias da prisão e crucificação de Jesus se aproximavam. Jesus previu que estes futuros acontecimentos poderiam desestimular, entristecer e desanimar seu grupo de discípulos. Por isso, decidiu contar a eles uma parábola sobre a perseverança, sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer, nunca desistir ou desanimar. O desânimo constitui um grande empecilho às realizações do homem e da mulher; ele nos conduz à depressão, à revolta, à murmuração e ao abatimento, e o pior, nos leva a abandonar a corrida a poucos metros da linha de chegada. Há pelo menos três lições que podemos aprender com esta parábola:
1º – O desânimo aponta para a nossa fragilidade - ou seja, o desânimo é um reflexo da nossa finitude, fragilidade e transitoriedade. Esta condição é apontada na parábola na figura de uma viúva. Naquela época não havia nenhuma modelo de seguridade social, nada que pudesse amparar uma senhora sozinha no mundo. Assim somos nós, frágeis e instáveis. Precisamos compreender que o desânimo é uma decorrência natural das adversidades da vida. A Bíblia não esconde o fato de homens de Deus como Moisés, Elias, Jonas, Paulo, tiveram seus momentos de abatimento. Isto significa que Deus compreende com amor, o desânimo do nosso coração.
2º – O desânimo não deve nos dominar - Os servos do passado citados, tiveram seus momentos de desânimo, porém não se entregaram ao desânimo, não foram dominados por ele. Da mesma forma, a viúva da parábola não permitiu que as dificuldades da vida a prostrassem; ela perseverou apesar da indignidade daquele juiz. Assim também nós devemos compreender que a perseverança é uma qualidade indispensável, a todos aqueles que desejam vencer o desânimo.
3º – Devemos entregar o desânimo a Deus - A parábola nos ensina que devemos orar sempre e nunca esmorecer; devemos entregar a nossa causa e nossos dilemas ao Justo Juiz, Àquele que pode todas as coisas, com a certeza de que Ele depressa fará justiça. Lembre-se: a saída sempre existe, mesmo quando não a vemos.
Conclusão - A mensagem central da parábola é que devemos vencer o desânimo através da perseverança, com a certeza de que Deus proverá o livramento. Pense agora meu irmão, qual é a causa do seu desânimo? Inclua nesse pensamento os motivos que estão te levando ao abatimento espiritual, à indiferença com os seus deveres e votos de membro. Reconheça neste momento que experimentar o desânimo é um direito... Superá-lo é um dever... Entregar-se a ele é um pecado.
Pr. Robson Wesley
Baseado no Livro Cura pela palavra – autor Marcelo Aguiar
Estudo publicado no Boletim IMGD Novembro/2010.
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