"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente." (Romanos 12:2).
Vivemos num mundo de comprometimentos, em uma sociedade que abandonou os padrões morais e os princípios cristãos em troca de oportunismo ou pragmatismo. Esse pragmatismo tem em sua essência a conquista de objetivos por quaisquer meios e sua perspectiva é centrada no indivíduo. “Se funciona para você, vá em frente”.
As pessoas aprendem a mentir, enganar, roubar e mascarar a verdade, enfim, fazer qualquer coisa para conseguir o que desejam, não importam os meios. Essa filosofia e a prática do comprometimento já invadiram até mesmo a Igreja.
Muitas igrejas estão buscando maneiras de apresentar um “evangelho” isento de qualquer ofensa, mesmo conscientes de que a própria natureza do evangelho é ofensiva por confrontar o pecador com o pecado. Estão oferecendo uma versão debilitada do evangelho, incapaz de transformar vidas e operar mudanças nos indivíduos.
O mundo é sedutor. Procura atrair nossa atenção e devoção. Permanece bem próximo e ao nosso alcance, bem visível e atraente, de tal forma que ofusca nossa visão do céu. Aquilo que vemos luta para conseguir nossa atenção. Atrai nossos olhos, se não estivermos olhando para uma pátria superior, cujo arquiteto e construtor é Deus. O mundo nos agrada – na maior parte do tempo – e, assim, frequentemente, vivemos para agradá-lo. E é aqui que ocorrem os conflitos, pois agradar o mundo raramente se harmoniza com agradar a Deus.
A vocação divina que recebemos é esta: “não vos conformeis com este mundo” (Romanos 12:2). O mundo, porém, nos quer como seus sócios. Somos induzidos a participar de sua plenitude. Ele nos pressiona como a última técnica de pressão dos nossos pares.
(Wheaton, IL: Tyndale House, 1988, 59).
A igreja de hoje tem falta de homens que adotem padrões que não possam ser comprometidos. Muitos dos chamados cristãos orgulham-se dos seus padrões morais e gloriam-se do seu caráter justo, mas abandonam suas convicções quando comprometer-se é mais fácil e mais lucrativo. Talvez você reconheça um ou mais dos seguintes exemplos: pessoas dizem crer na Bíblia, mas frequentam igreja em que a Bíblia não é ensinada; pessoas concordam em que o pecado tem de ser punido, porém, não se esses pecados forem cometidos por crianças; pessoas opõem-se à desonestidade e à corrupção até que sejam confrontados por seus chefes e corram o risco de perder o emprego; pessoas sustentam altos valores morais até que sua luxúria seja estimulada por uma relação antibíblica; pessoas são honestas até que uma pequena desonestidade lhes renda algum dinheiro; pessoas mantem uma convicção até serem desafiadas por alguém a quem admiram ou temem.
O verdadeiro ponto do comprometimento é a rejeição da palavra de Deus, que desenvolve uma rebelião contra o Criador e promove o eu como autoridade final.
Igrejas há que um dia já foram evangélicas, em que a Bíblia era o padrão divino de fé e prática, mas hoje a palavra de Deus está comprometida. Em muitas dessas igrejas, males que Deus repetidamente condena, não somente são promovidos, como são aceitáveis. O compromisso com a verdade bíblica é desprezado. Onde está o problema? Sem dúvida, a falta reside, primariamente, na liderança, naqueles que tem a responsabilidade de ensinar, guiar e proteger o povo de Deus. Muita vezes, porém, a culpa é também do povo, pois incorrem no erro de seguir cegamente qualquer liderança.
Aqueles que são edificados e fortalecidos na palavra de Deus são aptos para distinguir a verdade do erro e, assim, tem o direito de estar certos de que seus líderes preencham os padrões das Escrituras. Cada igreja tem a responsabilidade de guardar firmemente a verdade da palavra de Deus. A Igreja não inventa a verdade, e não a pode alterar, sob pena de juízo. Deus confiou à igreja a guarda da escritura, e seu dever é manter e salvaguardar a palavra como o mais precioso bem na terra.
As igrejas que lidam impropriamente com a palavra, abandonaram a verdade bíblica e experimentarão o juízo de Deus. A construção de uma vida íntegra e sem comprometimentos pode ser somente conquistada por aqueles que se apegam à Palavra de Deus como única fonte de autoridade e conduta.
FONTE: Pr. Araripe Gurgel
Igreja Cristã da Trindade
Igreja Cristã da Trindade
Nenhum comentário:
Postar um comentário